Olá conectados!
Há um grande equívoco na comunicação das religiões: elas se propõem a religar o homem a Deus, mas na prática fazem é alienar e muitas vezes, separar de vez o homem de Deus. Por que?
Porque na prática a teoria é outra, ou seja, as leis, os estatutos mandam, mas na prática não se faz. E no caso do Cristianismo, isso é muito sério porque se tem o Cristo como modelo, mas não se pratica o Cristo fazia. Um exemplo, as guerras santas. Existe alguma coisa mais incoerente com o Cristo do que uma guerra? E, ainda, uma guerra santa?
Como dissemos, vamos falar da Comunicação Não Violenta. Uma técnica de comunicação que aproxima as pessoas, que nos leva a ter mais compaixão, a não fazer julgamentos, a florescer em nós o estado compasivo natural. Serve para relacionamentos íntimos, famílias, escolas, empresas, terapia, aconselhamento, disputas e conflitos de toda natureza.
A religião quando pressupõe que cada ser humano é um ser que não tem nada de bom, já aí começa a depreciação, a comparação e o julgamento. Com o julgamento, começa a comunicação alienante da vida, que impede o fluxo natural do dar e receber. Com a interrupção desse fluxo, interrompe o fluxo do amor também e passamos a não nos compreender mutuamente e nasce a exigência, a dominação e a violência.
Jesus teve um tipo de comunicação cheia de amor, compreensão, empatia, compaixão e de um profundo respeito pelo outro e pelas necessidades do outro.
A Comunicação Não Violenta (CNV) é o recurso moderno à nossa disposição para usarmos numa comunicação mais empática, mais amorosa com os mais próximos, conosco mesmos e com nossos irmãos de humanidade.
A CNV se baseia em quatro princípios básicos:
1- Observação
2- Sentimento
3- Necessidades
4- Pedido
Primeiramente, observamos o que está acontecendo, de fato, numa situação. Num relacionamento íntimo, por exemplo. As duas pessoas estão desejando se entregar de coração, mas, pode ter ações que estão desagradando um dos parceiros. O parceiro A apenas observa o que não está lhe agradando naquilo que a pessoa B está fazendo.
Em seguida, a pessoa A identifica como se sente ao observar aquela ação: magoado, assustado, alegre, irritado, etc.
Em terceiro lugar, reconhece quais de suas necessidades estão ligadas ao sentimento que foi identificado antes.
Tendo consciência desses três componentes para expressar clara e honestamente como está se sentido.
O quarto componente é fazer um pedido bem específico enfocando o que a pessoa A está querendo que a pessoa B faça para enriquecer a relação e torná-la maravilhosa.
Por outro lado, a pessoa A precisa estar disposta a receber as mesmas informações da pessoa B, se for o caso.
Vamos continuar com a CNV na próxima. Fiquem conectados!