Olá conectados!

Fizemos nas últimas postagens um  apanhado daquilo que diz respeito a nós mesmos na comunicação conosco mesmos e com os outros. Falamos da Comunicação Não Violenta (CNV) como ferramenta eficaz naquela ocasião e agora, vamos continuar usando a CNV para  olhar para o outro, aprendendo a receber o outro com empatia.

Na CNV temos duas partes importantes na comunicação: expressar-nos com autenticidade e honestidade e receber o outro com empatia.

Só para lembrar: A CNV tem quatro componentes que são usados na nossa auto-expressão; o que observamos, o que sentimos, o que precisamos e o que pedidos para enriquecer nossa vida.

Esses mesmos componentes deverão ser usados para receber a expressão do outro: o que o outro está observando, sentindo , precisando e pedindo.

A empatia é aquela capacidade de ouvir com respeito e atenção, dando espaço para o outro se expressar até se esvaziar. Muitas vezes não é necessário dizer nada, só estar presente. Ouvindo como testemunha. Esvaziar-nos dos sentidos e apenas ouvir com todo nosso ser. É estar ali como se fosse a primeira vez, sem preparos ou conceitos feitos antes. É você ali. Disponível. Inteiro.

A presença e a escuta  empática não são fáceis. Poucos de nós, em poucos momentos da vida, somos empáticos, de verdade. Confundimos com simpatia, com tratar bem,  colocamos logo a nossa opinião, nosso conselho, como nos sentimos com o que ouvimos. A empatia exige a concentração na mensagem da outra pessoa.

A nossa compreensão intelectual não é empatia. Fazer diagnósticos tentando resolver o problema, também não é empatia.

O ingrediente chave da empatia é a presença.

Só alcançamos esse alvo, quando  praticamos muito com a gente mesmo.

Precisamos saber estar presentes nos observando, nos conhecendo, percebendo nossos sentimentos, nossas necessidades e o que precisamos para tornar nossa vida melhor, para nos sentirmos felizes.

Precisamos aprender a pedir aos outros o que precisamos. Saber se nossa mensagem está sendo ouvida com precisão. Ser capazes de estabelecer relacionamentos honestos e empáticos que atendam as necessidades de todos.

É por isso, que eu acho que Jesus usava a CNV quando se comunicava, pois, Ele tinha essa capacidade. E esse é um bom parâmetro para nós cristãos: será que sei ouvir como Jesus ouviria? Será que eu me amo como Jesus se amou e amou a todos nós? Marshall Rosemberg cita uma amiga sua, Holley Humphrey que identificou alguns comportamentos que são comuns, mas, não são empáticos:

Aconselhar: “Acho que você deveria fazer assim… ” Por que é que você não fez assim?”

Competir pelo sofrimento: “Isso não é nada; espere até ouvir o que aconteceu comigo”.

Educar: “Isso pode acabar sendo uma experiência muito positiva para você, se você…”

Consolar: “Não foi sua culpa, você fez o melhor que pôde”.

Contar uma história: “Isso me lembra uma vez que…”

Encerrar o assunto: “Não se sinta tão mal…”

Solidarizar-se: “Oh, coitadinho…”

Interrogar: “Quando foi que isso começou?

Explicar-se: “Eu teria telefonado, mas…”

Corrigir: “Não foi assim que aconteceu”.

Vamos continuar com esse assunto na próxima postagem.

Mantenham-se conectados!